Insulto
Questionei se eu poderia chegar ao êxtase durante a felação. Com um movimento vertical de cabeça, a Juliana sinalizou que sim. Mas, após minha conclusão, ela pegou a lixeira e cuspiu fora.
Fiquei chateado. Não gosto disso. É um gesto horrível, um insulto. Se não vai engolir, então não deixa concluir.
Reclamei e ela argumentou:
- É porque ouvi dizer que engorda...
Da próxima vez faremos amor anal. É o único que não engorda.
***
Reinos
Estávamos transando normalmente. Então a Rosana me pediu:
- Coloca um dedinho aqui
Solicitação atendida. Pouco tempo depois, ela fez outro pedido:
- Coloca mais um
Até então tudo ocorria bem. Até que ela fez uma pergunta no mínimo estranha:
- Você não teria um pepino?
Bem... eu não sou um cara com frescuras. Mas tenho algumas regras básicas.
- Desculpe, mas eu não trabalho com verduras.
- Mas pepino é um legume, Amando.
- Nada que venha do reino vegetal
- E você não teria um...
- Nem mineral, viu!
Nunca mais transamos.
***
Divórcio
Abordei ela sem muita pretensão. Mas ela foi muito simpática. Até demais. Depois de pouca conversa, resolvi convidar logo para sair comigo, mas ela retrucou:
- Mas... e o Peixoto?
Em poucos segundos, passou um filme na minha cabeça. Ela era a Mariana, que havia sido casada com o Peixoto, um cara que joga futebol comigo. E eu fiz o divórcio deles.
- Bem... se eu fiz o meu trabalho bem feito, vocês estão divorciados.
No nossa conversa pós-coital, ela comentou:
- Poxa, achei que você era amigo do Peixoto...
- Eu era. Até hoje.
Azar do Peixoto. Ele nunca passa a bola mesmo.
***
Teste de fidelidade
- Ei peraí... você não é espião do meu marido, não né?
- Como é?
- Meu marido não te contratou pra testar se eu iria trair não, né?
- Porque essa pergunta?
- Ah, é porque ele anda meio desconfiando que estou traindo.
- E você acha que ele seria capaz de contratar alguém para testar?
- Do jeito que ele está desconfiando, acho que sim
- Poxa, que cara paranóico viu.
- É, ele está mesmo.
Continuamos as preliminares. Quando estávamos começando os trabalhos de fato, interrompi e resolvi tirar uma brincadeira com ela.
- Como você descobriu?
- O que?
- Eu não disfarcei bem?
- Disfaçou?
- Ali tem uma câmera. E ali tem outra.
- Como assim?
- Você está no teste de fidelidade do João Kleber
- Você está brincando né?
- É serio. Desculpa, mas você não passou no teste.
Ela se levantou do sofá e saiu gritando:
- Eu não fiz nada! Eu não fiz nada!
- Tarde demais, Elisandra.
- Amor, você viu que eu não fiz nada demais. EU TE AMO!!
Bateu a porta do quarto do motel e saiu correndo.
Eu posso perder um sexo, mas não perco a piada.